segunda-feira, 1 de setembro de 2008

O vento frio que entra pela porta aberta que você deixou ao sair, uiva em acordes melancólicos de dor
Os corredores vazios ecoam a solidão
O quarto escuro esconde os momentos de amor que ali aconteceram
Na cozinha o café que preparei pra te levar na cama apodreceu
O banheiro com marcas de sangue nas paredes registram o momento de violenta emoção
As gotas de lágrimas secas pelo chão da casa lembram as noites sem dormir enquanto eu perambulava pelos corredores aflita
Na sala a tv ligada fora do ar emite um chiado que entra nos meus ouvidos e me fazem delirar
As paginas amareladas daquele livro
O cd com a nossa canção está riscado
Recados amorosos
Mentirosos?
Verdadeiros?
Você quis a ilusão
Então toma, ela é tua
A brincadeira acabou
Não quero fazer parte de uma história de faz de conta
Ou se é, ou não é
Você gosta de brincar com as palavras
Eu não
Até que ponto devo acreditar?
Até que ponto tudo é real?
Só palavras não me dizem nada
Fingimos então que está tudo bem
Vamos correr pelo campo o mais rápido que podemos
Correr sem direção
Até encontrarmos um beco limite que nos faça escolher
Querer nem sempre é poder
E o meu querer é diferente do seu querer
Como querer então ambos a mesma coisa?
Não posso mudar o seu querer
O querer vem da alma
E a tua alma não me pertence

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