quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Querer não é poder

Fecho os olhos e te sinto perto
Parece até que posso te tocar
Fecho os olhos novamente e vejo sua boca se aproximando da minha
Mas ao abrir os olhos você desaparecer, vai longe
É estranho o que sinto
É confuso, como não poderia deixar de ser
Palavras saem de mim como flechas, saem como raios
E eu não tenho pára raio algum para detê-las
Não sei se elas te atingem da forma como deveria
Aliás, nem sei se seria bom atingir
De certa forma palavras proferidas não voltam atrás
Clara, sincera e simples assim são minhas palavras pra você
Sem rodeios, nem choro, nem vela, muito menos fita amarela

É a garotinha cresceu...
Aquela que tinha medo de falar as coisas
Aquela que tudo guardava pra si e sofria calada
Aquela que preferia ficar quieta por medo de não botar a cara a tapa
Aquela que engolia sapos e não dizia o que pensava por medo da opressão

É foda querer alguém que não se pode ter
O ditado querer é poder nem sempre é funcional
Por isso não acredito muito em ditados
Prefiro eu mesma ditar minhas direções

Em meus finais de semana frios e vazios
Penso no quanto seria bom ter você ali ao meu lado
Mas aí lembro que você está longe
E pertence a um outro alguém
É nessa hora que caio dos meus sonhos de cara no chão
Acordo pro presente e vejo o vazio que se encontra ao meu redor
Que de certa forma fui eu quem escolheu
Escolha essa que ainda mesmo depois de alguns meses passados
Ainda não consegui me decidir se foi certa ou errada
Se foi certa ou errada agora tanto faz
Escolhi, pronto e acabou
O que eu não escolho são as pessoas que entram e saem da minha vida
E só posso lamentar aqueles que partem cedo
E lamentar aqueles que chegam na hora errada

Eu não sei definir se você chegou na hora certa ou errada
Ou se você é o próprio erro se formando e eu insistindo nele
Desculpa, mas não consegui evitar
Alias, não estou conseguindo evitar
Porque o erro agora é o que mais me parece certo no momento
E eu quero poder ter esse momento

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