quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Jogos de amor

Já reparou que o amor é um jogo constante?
Não só o amor puro em si, mas tudo o que faz parte dele como a paixão, o desejo, a sedução... tudo é uma espécie de jogo
Não importa qual o tipo de relação você tem com o outro
Pode ser namoro, casamento, amantes, relacionamentos indefinidos, ficar... faz parte de um jogo
Um jogo que muitas vezes pode ser delicioso e excitante e em outras vezes bem amargo e cruel
Afinal sentimento não é brincadeira
Mas o jogo rola mais logo no começo, quando ambos estão se conhecendo
Fica uma sensação no ar de mistério, de segredos que você quer desvendar de qualquer maneira do outro, você quer descobrir o íntimo daquela pessoa, o que tá escondido atrás daquele rosto e daqueles olhos que brilham quando estão de encontro aos teus
A sedução através do olhar, de palavras ao pé do ouvido, de toques se mostra intensa numa ânsia de sempre querer ir além do que se vê
Os jogos dos novos amantes sempre carregam consigo um frescor, um frio na barriga e um sorriso estampado no rosto
Já os jogos dos velhos amantes são mais silenciosos, discretos, minuciosos eu diria, são feitos de pequenos detalhes
As vezes com o tempo passando os amantes deixam de jogar
Tem gente que acha que o jogo em um relacionamento é fundamental, que nunca pode deixar de existir, mas até que ponto é saudável o jogo?
Como eu já disse, esse jogo pode ser cruel, o jogo pode virar uma disputa entre ambos
E pelo menos pra mim, disputa e amor não combinam
Ninguém pode mais do que o outro, e nem é melhor do que o outro
Não gosto muito de jogos, porque de todo o jogo sai um vencedor, mas nesse caso não deve haver um vencedor, não faz sentido
O que resulta desses jogos são alguns corações partidos, outros remendados e outros curados cheios de vida
Jogar de vez em quando pode ser bom, mas ser um eterno jogador não é benéfico
Tem momentos em que os jogos precisam parar e começarmos a encarar as coisas como realmente são
Jogos podem embaçar um pouco nossa visão e trazer neblina aos nossos pensamentos


Mas só sei que ganhando ou perdendo nunca saímos ilesos desses jogos
Na real, mesmo que as vezes a gente acabe sofrendo, a gente sempre ganha alguma coisa como, experiência, aprendizagem, uma doença (trágico mas real), mais uma figurinha pro álbum (essa é fdp mas também é real), enfim adquirimos novos valores e mudamos alguns conceitos depois de cada jogo bem ou mal sucedido
E nessa vou ter que discordar da Amy Winehouse quando ela diz “Love is a losing game”
Ganhamos sempre, mesmo quando a dor nos cega, pois quando ela passa a gente percebe tudo o que recebemos de bom depois do maremoto

O amor é um jogo de cara ou coroa, sempre tem duas faces, basta a nós sabermos lidar com essas duas caras
E cá entre nós, isso não é nada fácil...

2 comentários:

Anônimo disse...

E o mais engraçado é que toda vez que a gente sai destes jogos, falamos: "eu nunca mais entro nessa". Quando menos se espera já está dentro novamente e nos odiamos por isso ou, talvez, nos acostumamos. E esta história de aprendizado está por fora! Está na hora de aprender acertando, porque aprender errando é uma merda!
A única coisa que eu posso afirmar, certamente, é que este mundo dá muitas voltas e, na maioria das vezes, jogamos com um alguém que já havia passado por nós. Engraçado, não?!

Enfim...

Caio Bruno disse...

Ai ai o amor é um jogo.
ALiás tudo na vida é jogo.
E como diz a música...

Vivendo e (não) aprendendo a jogar