Cinza
Me sinto cinza
Quase preto
Ausente de qualquer outra cor
Cores que se afastam
Que são repelidas
Como podem ter dias tão coloridos e outros tão incolores?
Acho que as cores se esqueceram de mim
Ou fui eu que me esqueci delas?
Ou sou eu que não sei mais usá-las?
Dentro e fora
Tudo cinza
E na cabeça onde moram os sonhos
Cores das mais diversas
Prestes a explodir!
O que eu vivo, o que eu não vivo, realidade se mistura com fantasia, relatos da mente e da vida, o que aconteceu, o que não aconteceu, o que poderia acontecer, as vezes sou eu as vezes não, mas sempre há um fragmento meu, um pedaço de mim misturado com o pedaço de um outro alguém.
terça-feira, 29 de junho de 2010
quarta-feira, 16 de junho de 2010
matar X deixar morrer
Essa semana assistindo ao programa Café Filosófico na Tv Cultura, me deparei com o seguinte questionamento sobre o matar x deixar morrer, qual deles seria o mais cruel?
Antigamente quando me perguntavam se eu era contra ou a favor da pena de morte, eu respondia que sim era a favor, mas hoje não sou , pois a pena de morte não resolve o problema. Ela pode eliminar o causador do problema, mas não elimina o problema em si, que é algo muito mais em baixo.
Acredito que o mais cruel que a pena de morte seja o deixar morrer, que é a política adotada em nosso país. O deixar morrer nas prisões, o deixar morrer de fome, deixar morrer de frio, o deixar morrer de miséria, o deixar morrer pela exclusão, pelo abandono, pelo esquecimento, isso sim é muito mais cruel do que a pena de morte.
Quantas e quantas pessoas estão sendo deixadas morrer nesse momento no nosso país e no mundo?
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