Perde-se a conta de quantas pessoas existem por aí ao redor do mundo
E talvez dê pra contar no dedos pessoas que realmente estão interessadas em conhecer gente interessante
Gente que tenha o que dizer, que não sejam portas
Perdeu-se a conversa sincera
Perdeu-se a conversa sem malícia
Perdeu-se o olhar nos olhos
O bate papo risonho
Poder falar sobre si sem medo
Poder escutar o outro sem desconfiança
Esse mundo moderno onde o enganado vira desconfiado
Tudo é superficial, não há opiniões divergentes, ninguém mais defende o seu pensar, é tudo concordante, opinião fechada popular, não há questionamento
Mesmice irritante, entediante
É sufocante, sinto um nó apertar-me a garganta
Será que já não existem mais pessoas pensantes nesse mundo?
Pessoas que acrescentem coisas novas?
Que defendam seu ponto de vista a ferro e fogo e vá contra a opinião, conceito e pré-conceito de tudo e todos?
Pelo o que eu saiba não fomos feitos da mesma forma, amém!
Mas tá tudo assim, tão igual, tão sem graça, tão previsível
E mesmo com tudo isso, ainda acredito no inesperado, aliás preciso acreditar, porque quando eu não mais acreditar no inesperado, serei apenas mais uma como os outros milhões de pessoas que existem por aí a fora e aí por favor, já encomendem a flor para o meu funeral
Me atirarei no mar direto pra boca de um tubarão faminto qualquer, antes ser engolida por ele do que por esse maldito sistema
É pedir demais uma conversa real e verdadeira?
Só quero conversar, conversar só isso
As coisas simples se tornam cada vez mais difíceis e escassas
Estariam as pessoas vazias?
O mundo estaria ficando oco?
Um mundo de cabeças ocas?
E se eu gritasse por socorro talvez ecoaria, mas ninguém me ouviria, como agora...
Um comentário:
Véio, isso é um saco mesmo.
As pessoas estão com receio, com medo, olham de lado, temem que do nada o interlocutor vá agredir, assaltar ou sei lá.
Estamos muito robotizados e padronizados.
Quanta perda de tempo, ao agirmos assim não é?
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