Na alegria e na energia da juventude
Andar pelas ruas frias em plena madrugada em bandos
Embriagados pelo vinho barato
Brindando por estarem vivos, rindo
Estar à toa, sem ser à toa
Na inocência que se perde a cada passo pela ânsia de se tornar adulto
Na inocência que não se deixa pela ânsia de continuar a ser criança
A primeira vez que pode ser a primeira e última
A primeira vez que pode ser a primeira de muitas outras que virão
Começar a sentir o gostinho da liberdade
Dar asas aos sonhos
Se sentir imponente, imortal, sem freios
Desafiar os medos, os tabus
Romper barreiras, quebrar regras, leis
Compartilhar risos, choros, filosofias
Adolescência de descobertas, erros e acertos
E os dias e as horas passam acelerados como raios em alta frequência
E quando se vê, já se é adulto
E aí o sonho acaba e você despenca em queda livre
Cai de cara, te dão na cara e você dá na cara
E se perde toda a essência da adolescência
E onde fica a graça da vida, das coisas?
Responsabilidades sufocam
Irresponsabilidades liberam
Não perca a essência
Não se perca
As vezes a gente só precisa mandar tudo e todos a merda
E sentir o vento bater no rosto como se fosse a primeira vez
E a saudade vai bater
Deixe as lágrimas rolarem pelo rosto
O mesmo vento que as trouxe as levarão também
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