segunda-feira, 21 de abril de 2008

O estandarte do sanatório geral

Descobri que sim me assumo como a ave de rapina que sou, não dá pra disfarçar mais, sou sim uma ave de rapina no meio desse todo.
Em pensar que antes eu estava cega e vivendo como ovelha, eu estava caminhando para o rebanho das ovelhas, cegas, surdas e mudas.
É interessante notar como nos deixamos levar facilmente pelo outro.
Talvez deve ser o tal do amor, que envolvente como ele só, deixa nossos sentidos todos atrapalhados e assim somos levados pela correnteza de sentimentos confusos e embaralhados.
Mas não, não estou culpando o amor de nada, longe de mim, nada tem ele haver com o estado em qua me encontro atualmente. Ou tem?
Na verdade é a paixão. Estou apaixonada pela vida diria, pelas pessoas, pela loucura dos outros e pela minha própria insanidade louca.
Coisas mínimas que por mim antes passavam despercebidas hoje se mostram interessantes.
Tenho uma nova mania. A mania da loucura desvairada, a mania de querer parar e filosofar sobre tudo o que vejo e sinto. Não sei usar as palavras com a precisão e a concordância que elas merecem ter, só consigo usa-las assim, embaralhadas do jeitinho que elas vem a minha cabeça.
Isso é só a pequena ave de rapina trocando suas penas, por outras maiores, mais coloridas e firmes, para poder voar mais longe e pousar com segurança onde for preciso.


Que a moral judaica cristã caia por terra, aqui não terás vez dona culpa.
A era da loucura está instalada, e digo mais, seus adeptos e seguidores estão por ai firmes e fortes, não serão abatidos dessa vez.
O sistema e seu peitoral inflado, achando que tudo pode, tudo vê.
Mas o sistema tem falhas, nos infiltraremos em suas rachaduras.




Fecho com uma frase de Nietzsche que escutei esse fds no teatro:
"Eu me apaixonei pelo desejo e não pelo objeto desejado"



Como é bom estar de volta =]

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